Barriguda

Postado por: SAMUEL HEIMBACH CAMPOS

Ceiba pubiflora

MALVACEAE

A barriguda é uma árvore de 10-28 m de altura caracterizada pela presença de sapopemas, acúleos no tronco e de cimeiras axilares a subterminais. As flores são pentâmeras com pétalas de coloração rosa claro a lilás, margem parcialmente ondulada, formato espatulado a largamente obovado; apêndices estaminais de coloração alvas a roxos e com cinco lobos bífidos; estigma branco; e os frutos são do tipo cápsula oblonga. 

O nome popular “Barriguda” refere-se ao intumescimento da parte central do caule, à meia altura da árvore, ocasionando um diâmetro maior no meio do que na base, e que serve para armazenamento de água extraída através da seiva xilemática. Isso garante a estabilidade da planta em ambientes secos, com pouca presença de água, devido a essa reserva que ela realiza, caracterizando-a como uma planta xerófita.

A barriguda possui marcada presença em afloramentos de calcário e distribuição desde o Mato Grosso Sul até a Caatinga do Norte de Minas Gerais e Bahia (OLIVEIRA-FILHO, 2006). A espécie Ceiba pubiflora parece ter uma preferência acentuada, mas não exclusiva para solos calcários.

A espécie perde a maioria das folhas no período reprodutivo e as inflorescências são cimosas, ou seja, os eixos das inflorescências possuem crescimento limitado, terminando em uma flor. Ceiba pubiflora tem efetiva polinização de suas flores realizada por beija-flores e, em menor eficiência por borboletas e morcegos. A presença de apêndices no tubo estaminal parece favorecer a polinização por beija-flores e borboletas, por facilitar o encontro do tecido nectarífero situado internamente na base do cálice.

 

Sua madeira é usada para confeccionar canoas, comedouros para gado, cochos e melaço, gamelas, brinquedos, esculturas e caixotes. A plaina é usada para preencher travesseiros e almofadas. A espécie é indicada para a arborização de fazendas, parques e jardins, bem como áreas desmatadas e produção de bonsai

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